Mas chega a hora que devemos abrir mão, deixar o egoísmo e aceitar o adeus.

Acho que fomos criados para acreditar nisso, ou que querem nos fazer acreditar, de que, só é bom, se for pra sempre. As mudanças sempre vão fazer parte de nossas vidas, seja boas ou ruins.

Tudo vai virar outra coisa, as cidades mudam, as pessoas se estranham, e por fim, nem tudo vai caber no espaço ou em um abraço de adeus. Mania besta essa nossa de acreditar, que se não a vida toda, não prestou, ou não valeu a pena, se não foi eterno, foi vazio.
Aos 13 temos o nosso melhor amigo de colégio que achamos que é pra toda vida, aos 17 ele se vai, aos 16 achamos o amor da nossa vida, aquele que queremos andar sempre ao lado de mãos dadas, aos 20 temos umas 3 dessas, aos 25 não nos resta nada, aos 30, isso eu já não sei...

A certeza é de que, não importando o tempo, o que se viveu foi bom, e eu, me darei por satisfeito, e tudo sempre valerá a pena, viver, lembrar, guardar.

Eu também achava coisa de idiota beber tão cedo, mas novo, minhas perdas me fizeram amadurecer e enxergar as coisas de outra maneira. Aprendi a não levar a vida tão à sério.
Comecei a beber quando me sentia acabado, ou vazio. Eu ficava tão relaxado, e encorajado ao mesmo tempo...
Sempre penso que viver tanto tempo deve ser extremamente enjoativo e fútil. Quanto mais feliz você se tornar um dia, mais triste ficará depois, é um yin yang, se você prevalecer um, o outro voltará com muito mais força.
Beber é um benefício por completo, me sinto bem na hora, e também sei que vou estar encurtando meu tempo de vida.

Eu sou um trem sobre trilhos enferrujados, e eu estou morrendo de vontade, de sair daqui vivo.